domingo, 1 de setembro de 2013

O pouso não é pacato

Quando caiu sobre o mundo a ferro puxado,  olhou assustado, doía-lhe as têmporas. Assustou-se com o olhar esbugalhado de tantas caras sorridentes. Ele ali todo pelado, resultado de ato inconsequente. Os gigantes a mostrar-lhes os dentes, coisa que nem tinha, sabia-se banguelo nessa vida.
Sentia-se um cadáver acordado, estava antes em mundo mais confortável.
Mas já que aqui havia sido jogado. Iria esperar nascerem os dentes (o que achava de extrema importância), para morder a realidade desses que tinham o seu cordão, cortado.

2 comentários:

  1. Otimo! Gostei do inicio ao fim. Diferente, original!

    ResponderExcluir
  2. Não, não é pacato, e nos resumimos nesse breve intervalo entre o pouso e o repouso. Vim olhando as pegadas da Jackie e vou continuar te seguindo, Fátima, um abraço.

    ResponderExcluir